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Língua de Trapo

Língua de Trapo 004/2021

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Pagaram pra ver, com vidas humanas – Adamantina, Dracena, Presidente Prudente… três cidades fortes que movimentam a economia do Oeste Paulista que, atendendo as determinações da Secretaria de Educação do Estado, retornaram às aulas presenciais neste mês e já fizeram decretos para que as mesmas voltassem a ser à distância. O porquê do retorno online? A resposta é simples: aumento de casos confirmados de Covid-19, incluindo funcionários das escolas e pais de alunos. Será que é tão difícil assim entender que este não é o momento para o retorno presencial? Que as aulas presenciais são “n” vezes melhor para o aprendizado das crianças e adolescentes, isso já está mais do que provado. Porém, até que a vacinação chegue às crianças, aos adolescentes e aos professores e demais funcionários das unidades escolares, o retorno presencial é impraticável. Será que os médicos expert que deram suporte às paralizações previstas no Plano São Paulo de Combate à Pandemia do Governo Doria concordam com esse retorno presencial?

 

Osvaldo Cruz também – Após servidores de escolas municipais e estaduais terem casos confirmado e sobre suspeita na cidade, a prefeita Vera Lúcia Alves, a Vera Morena (PP), publicou hoje, 28, um decreto suspendendo as aulas presencias. Será que aquele mesmo grupinho seleto de mães revoltadas com as aulas à distância irá querer protocolar algum novo manifesto pedindo o “retorno imediato” das aulas presenciais mesmo com vidas humanas correndo riscos?

 

Tragédia anunciada – Vale ressaltar que desde o final do ano passado, quando o secretário estadual de Educação, Rossieli Soares da Silva, vinha batendo na tecla do retorno das aulas presenciais, a grande maioria dos professores, inclusive o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (APEOESP), vinha se posicionando de modo contrário, haja vista que os professores conhecem a realidade do ambiente escolar e sabem que o retorno presencial é muito arriscado na atual situação da pandemia. Na reunião online de planejamento para o primeiro bimestre deste ano, Rossieli chegou a defender seu plano de retorno presencial fazendo um comparativo com o retorno presencial que ocorreu na Holanda (como se fosse que a realidade sanitária daquele país de primeiro mundo fosse semelhante à brasileira). No portal eletrônico da APEOESP, o sindicato mostra que só neste ano já houve 1.489 casos de Covid-19 confirmados com pessoas que trabalham presencialmente em 726 escolas do estado de São Paulo (números atualizados até hoje, 28 de fevereiro de 2021). Confira os casos confirmados através do link: http://www.apeoesp.org.br/publicacoes/educacao/casos-de-contaminacao-pelo-covid-19-na-rede-estadual-de-ensino/.

 

P.S. – O governador João Doria Júnior (PSDB), tem se mostrado cada vez mais incoerente. Doria acredita que a pandemia se alastrou tanto, a ponto de decretar um lockdown noturno. Porém, na visão dele, durante o dia as crianças podem ir às escolas, pois as mesmas oferecem um ambiente seguro e preventivo no combate ao novo Coronavírus. Entretanto, caso alguma criança se contamine com o vírus, a responsabilidade não é do Estado, mas sim do pai e da mãe que enviaram seus filhos para a escola sabendo que estamos no meio de uma pandemia (?!?!). Pela última vez: não é o momento para o retorno das aulas presenciais. Inté…

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