Politica
Pedido de vistas em PL da Área Azul gera embate entre Homero Massarente e Roberto Amor

A adequação da Lei que regulamenta a Área Azul em Osvaldo Cruz gerou um embate polêmico entre o presidente da Câmara, Homero Massarente (MDB) e o vereador Roberto Amor (PV).
Após a sessão extraordinária desta segunda-feira (8), Homero Massarente, disparou contra o pedido de vistas, proposto pelo vereador Roberto Amor (PV), que solicitou o adiamento da votação do Projeto de Lei (PL) 27/2020, que regulamenta a lei municipal que instituiu a área de estacionamento rotativo, Área Azul.
Suspensa desde março, a lei precisou ser adequada, após o Tribunal de Contas do Estado (TCE) fazer apontamentos de dispositivo irregulares na matéria.
Por isso, na prática, a sessão de ontem não votaria a volta ou extinção da Área Azul, mas sim, os ajustes para que a matéria ficasse em conformidade ao que diz a Lei de Licitações (8.666).
“Nesta lei o prefeito precisa fazer as adequações e comunicar o TCE que a legislação em Osvaldo Cruz cumpre a Lei de Licitações. Só que explicar para uma pessoa que não tem conhecimento jurídico, de Lei de Licitações, e que tudo desconfia do prefeito, fica ruim para a cidade”, disse Homero em entrevista à Rádio Metrópole.
Com o pedido de vistas, o prazo regimental prevê 15 dias para que o tema volte a ser debatido e votado.
“Vamos ser agora o vereador estude um pouco, busque conhecimento técnico e mude de opinião. Eu gostaria que tivéssemos vereadores preparados e comprometidos com o que é legal”, disparou Massarente.
Roberto Amor rebate: “não precisa menosprezar as pessoas
O vereador Roberto Amor (PV) lamentou as declarações do presidente da Câmara de Osvaldo Cruz, Homero Massarente (MDB) que criticou de forma veemente o pedido de vistas solicitado pelo edil do PV.
Também à Rádio Metrópole, o vereador Roberto Amor não gostou da forma como o presidente da Câmara rebateu a situação.
“Eu não concordo com as declarações dele [Homero Massarente]. Eu fiquei muito chateado com a forma como ele esclareceu”, disse Roberto Amor.
Durante a entrevista, Roberto Amor defendeu o pedido de vistas e disse que diante da complexidade do PL, o assunto não deveria ter dado entrada na Câmara em um sessão extraordinária.
“Eu acho que a população e os comerciantes precisam ser ouvidos antes do projeto entrar na Câmara e ser votado. Esse projeto entrou na casa cinco dias antes, não deu tempo de estudar e analisar. A única saída que eu tive foi pedir vistas, para que possamos estudar”, explicou Roberto Amor.
Por fim, Roberto Amor mostrou descontentamento com os trechos da entrevista de Massarente em que o presidente da Câmara insinua que faltou conhecimento técnico para a tomada de decisões.
“Eu não nasci em berço de ouro, sou humilde, simples. Após a oitava série concluí o ensino médio em Telecurso. Se ele [Homero Massarente] teve condições de estudo e hoje é formado em direito, parabéns para ele. Mas não pode menosprezar as pessoas”, disparou Roberto Amor.
