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Não ao retorno às aulas presenciais!

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A Diretoria Estadual da APEOESP reuniu-se em 13 de janeiro último, registrando que o ano de 2020 foi de grandes lutas para o Sindicato e para toda a nossa categoria.

Foi o ano da conquista da aprovação do FUNDEB permanente e de sua regulamentação no Congresso Nacional, rejeitando propostas privatistas. Foi o ano em que, em junho, o SFT reconheceu em definitivo a constitucionalidade da jornada do piso (lei 11.738/2008). E fundamentalmente, foi o ano em que conseguimos impedir que o Governo do Estado impusesse a reabertura das escolas e a volta das aulas presenciais em meio à pandemia.

A defesa da vida continua a ser prioridade do nosso Sindicato, num contexto de recrudescimento da epidemia do novo coronavírus no mundo e no Brasil.

 

Negacionismo, irresponsabilidade e marketing agravam a pandemia e crise social

 

 

No dia 13 de janeiro o balanço da pandemia no Brasil apontou um total de 8.210.134 casos de Covid-19 e 204.980 óbitos. No estado de São Paulo já são 1.561.844 casos e 48.662 mortes. Lamentavelmente o país voltou a ter mais de mil óbitos por dia e a pandemia não dá mostras de ceder, sobretudo com a nova variante do vírus, com maior taxa de contágio (cada pessoa pode levar à infecção de até 140 pessoas).

Esse quadro decorre da atitude negacionista e irresponsável do presidente da República, que promove e incentiva aglomerações e adota posturas que não cuidam da proteção contra o vírus. O ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, chega ao absurdo de debochar da situação, recusando-se a anunciar um plano de vacinação e uma data de início, dizendo que ocorrerá no dia “D” e hora “H”.

A isso se soma o desastre de sua política econômica. O fechamento da Ford e o fechamento de agências do Banco do Brasil e o Programa de Demissão Voluntária (PDV) causarão o desemprego direto de 10 mil pessoas e dezenas de milhares pelo impacto indireto. Esses trabalhadores contam com toda a nossa solidariedade, que expressamos nas moções publicadas neste Boletim.

No caso do estado de São Paulo, o agravamento da pandemia e da crise social decorre também de uma política errática e marqueteira do governo Doria, que não toma medidas efetivas para a realização do isolamento social, garantindo renda às famílias e apoio aos segmentos mais vulneráveis.

Além disso, o aumento do ICMS, promovido pelo governador Doria, afugenta empresas do estado de São Paulo e tem impactos na produção de alimentos. Esse aumento foi possível graças à aprovação do PL 529, contra o qual lutamos ferreamente e que um acordo promovido na calada da noite por uma deputada de direita com o governador, deu o último voto necessário.

Por isso, reafirmamos nossa posição pelo fim do governo Bolsonaro e de total oposição ao governo Doria, rejeitando sua política privatizante, de destruição dos serviços públicos, autoritarismo, imposição de projetos que afetam e prejudicam diretamente professores e estudantes e total irresponsabilidade na imposição das aulas presenciais.

 

Em defesa da vida, contra a volta às aulas presenciais

 

A atitude do secretário da Educação, de forçar a volta às aulas presenciais a partir de primeiro de fevereiro, entra em choque com o que vem ocorrendo no cenário internacional. No Reino Unido, por exemplo, o primeiro ministro Boris Johnson, antes totalmente favorável a manter as escolas abertas, reviu esse posicionamento frente ao novo quadro. Na Alemanha, também, os cuidados são redobrados.

Aqui no Brasil, um triste exemplo em sentido contrário é o estado do Amazonas, sobretudo a capital, Manaus, cujas escolas foram reabertas e hoje enfrenta um quadro dramático, com hospitais e UTIs lotadas e ampliação do número de mortes. Até o fechamento deste Boletim já foram registrados no estado 218.070 casos, com 5.810 mortes.

No segundo semestre de 2019, o Maranhão também teve que rever a decisão de reabrir as escolas em face do grande aumento no número de casos e mortes.

 

 

Fonte: APEOESP (Informa Urgente 005/21)

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