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O que o dinheiro uniu …

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O homo sapiens, ou seja, vocês que lêem, eu que escrevo, mais a torcida do Corinthians e todo o resto da humanidade, desde tempos imemoriais sempre creu em divindades e deuses, no mais das vezes para dar uma explicação àquilo que sua mente não conseguia racionalizar.

Assim, da deusa Shiva do hinduísmo a Alá dos muçulmanos; do Jesus Nazareno dos cristãos ao Deus Rá dos antigos egípicios, a grande maioria da população acredita numa força divina, num ente superior, sendo essa crença em algo acima de tudo e todos tópico comum a todas as civilizações, antigas e atuais.

O “dinheiro” não é tão antigo assim como os deuses, na verdade, ele surgiu em muitos lugares e épocas diferentes, e tomou a forma de concha, carvão e sal, entre outros.

Creditam alguns historiadores, como um dos marcos do surgimento dele, dinheiro, a adoção da cevada como moeda, isso no ano 3.000 antes de cristo, na antiga Suméria, região hoje que compreende parte do Iraque e do Kuwait.

Naquela época, de acordo com os registros conhecidos, os sumérios passaram a utilizar a cevada¸ grão mais conhecido hoje por fazer parte da formulação da cerveja, como medida de valor e então, por exemplo, um balde de cevada passou a ser o preço de um par de chinelo, ou quinze pêssegos; já um bode custava o equivalente a dez baldes de cevada, o mesmo preço de um escravo com boa saúde, e assim por diante, de modo que ficou mais fácil dar valor às coisas e promover o comércio.

Posteriormente, com as devidas adaptações, todas as civilizações foram adotando “medidas de valor”, hoje popularmente conhecidas como dinheiro ou, mais no popular ainda, din-din, grana, bufunfa.

Ao final, como aconteceu com os deuses, o dinheiro se espalhou por todo o mundo, não havendo civilização conhecida que não o adote.

Entretanto, embora tenham como ponto em comum estarem presentes em todas as culturas, há uma diferença marcante entre eles (deuses e dinheiro): enquanto o deus de uma civilização não é aceito por outra, pelo contrário, costuma ser motivo de guerra e inimizade, o dinheiro de um povo é aceito, irrestritamente, por todos os outros povos, sejam eles amigos, desconhecidos ou mesmo inimigos, e está aí o dólar que não me deixa mentir.

O leitor pode até não gostar, mas que no atual estágio da civilização o dinheiro une mais os homens do que o faz a religião, ou o deus de cada qual, isso une.

 

José Carlos Botelho Tedesco (Alemão Tedesco) é advogado e mora no Oeste Paulista /
e-mail: zeum@uol.com.br /
Facebook: Alemão Tedesco e Alemão Tedesco II /
Twitter: @alemaotedesco.

 

P.S. – Esses Sumérios não eram pouca coisa, não: além de terem ‘inventado’ o dinheiro, criaram também a escrita e formaram o maior império de sua época.

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