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Volta às aulas presenciais em agosto, nem pensar!

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Volta às escolas, somente quando todos receberem a segunda dose da vacina

 

 

Na sua ofensiva para forçar a volta de professores e estudantes às aulas presenciais, o governo Doria vem produzindo normas e pronunciamentos contraditórios que confundem e atacam os direitos da comunidade escolar e coloca todos em risco.

Mais do que ninguém, sabemos que o lugar de professores e estudantes é nas escolas, mas não é este o momento.

Nossa luta incondicional é em defesa da vida. O processo de vacinação dos profissionais da Educação e da população está em curso. Portanto, não existe o menor sentido no retorno às aulas presenciais em agosto. Há professores que somente receberão a segunda dose da vacina em setembro. Apenas após a vacinação de todos com a segunda dose e a garantia de todos os protocolos sanitários para garantir a manutenção do controle da pandemia é que poderemos retornar às escolas.

Tais protocolos envolvem diferentes aspectos, entre eles a redução do número de estudantes por sala de acordo com o tamanho da sala, garantindo-se distanciamento mínimo de 1,5 m em todas as direções, equipamentos de proteção individual, testagem periódica e gratuita para professores e estudantes, higienização constante, ventilação das salas e demais ambientes na escola e outras.

Desta forma, as subsedes devem notificar as Diretorias de Ensino e as escolas que o retorno se dará após a segunda dose da vacina e devem ser providenciados os respectivos mandados de segurança para assegurar o direito à vida.

 

Não à dupla jornada!

Os professores não devem realizar dupla jornada de trabalho. Não há que se falar em trabalho presencial e trabalho virtual concomitantes. O professor e a professora cumprirão sua jornada de uma única forma: ou será presencial ou será virtual, nunca as duas formas.

 

Vacinas para todos!

A APEOESP luta para que toda a população seja vacinada e para que todos os profissionais da Educação recebam as duas doses da vacina.

Por responsabilidade do governo Bolsonaro e suas negociatas, a vacinação no Brasil segue a passos lentos.

Se a vacinação está ocorrendo, é graças ao trabalho do Instituto Butantã, instituição pública que João Doria queria extinguir em plena pandemia. Só não conseguiu pela pronta mobilização das bancadas de oposição na Assembleia Legislativa, em conjunto a mobilização dos servidores públicos e dos movimentos sociais.

As subsedes devem verificar nos municípios se está sendo destinado pelo governo estadual o volume necessário de vacinas para a população e para os profissionais da Educação. Essa destinação é feita com base no censo populacional, que, entretanto, está desatualizado. Como alternativa, de acordo com a informação obtida pela presidenta da APEOESP e deputada Professora Bebel, em reunião com o secretário da Saúde, verifica-se também o número de pessoas que recebe a vacina da gripe. Porém, ainda assim, há falhas.

Caso se verifique que a destinação de vacinas é insuficiente e que há profissionais da Educação sem vacinação (primeira e segunda doses), a subsede e/ou diretores da APEOESP devem oficiar à Secretaria Estadual da Saúde, solicitando providências.

 

Luta total contra os programas excludentes de doria/rossieli: pei, reforma do ensino médio, ejatec e novotec

 

Desrespeitando os direitos de estudantes e professores e sentença judicial em vigor, o governo Doria/Rossieli avança em sua política eleitoreira e autoritária para a educação pública estadual, insistindo em impor a volta às aulas presenciais em plena pandemia e anunciando a ampliação de programas excludentes como o PEI e o velho “novo” ensino médio.

No dia 12 de julho, no Memorial da América Latina, o governador Doria e seu secretário da Educação, Rossieli Soares, promoveram em local fechado uma grande aglomeração para anunciar que em 2022 pretendem ter um total de 1855 escolas incorporadas ao Programa de Ensino Integral (PEI). Coincidência ou não, três dias depois o governador foi novamente diagnosticado com Covid-19. Um péssimo exemplo, que demonstra a falta de compromisso com a defesa da vida.

 

 

Não ao PEI e demais programas excludentes!

Não é momento de realizar mudanças dessa envergadura no meio de uma gravíssima pandemia. O estado de São Paulo, que possui 20% da população brasileira, totaliza 24.8% do número de óbitos ocorridos no Brasil, índice crescente desde o início da pandemia. Como vimos denunciando e continuaremos a denunciar, o PEI é parte de um conjunto de programas excludentes, como o velho “novo” ensino médio, EJATEC, Novotec e escolas cívico-militares.

O PEI ataca o direito da juventude à educação pública e gratuita de qualidade. Ao transformar uma unidade escolar em PEI, os estudantes trabalhadores ou que frequentam outro curso no contraturno e não encontram outra escola estadual nas proximidades de sua residência são obrigados a deixar os estudos. Excluídos, ao tentarem mais tarde cursarem a Educação de Jovens e Adultos, nem sempre encontram vagas, pois essa modalidade também vem sendo reduzida pela SEDUC.

A propósito, a APEOESP denunciará ao Grupo Especial de Educação do Ministério Público Estadual que a SEDUC está extinguindo salas de EJA, substituindo-as por aulas virtuais de forma definitiva. Isso representa uma dupla exclusão, pois retira do estudante o direito de participar do processo ensino-aprendizagem (ainda que momentaneamente de forma remota) e rebaixa a qualidade do ensino.

Uma educação integral, diferente desse programa do governo, é muito mais que deixar estudantes e professores mais tempo na escola. É mais que dar uma mão de tinta nas unidades. Exige escolas estruturadas com laboratórios, bibliotecas, salas de informática com banda larga, espaços culturais, espaços de convivência e um projeto político-pedagógico que integre ensino-pesquisa-cultura-esporte- -tecnologias.

Assim, continuaremos a lutar contra o PEI, pela inoportunidade dessa imposição e pela sua natureza excludente e contrária aos direitos da juventude e da sociedade. A educação pública paulista não pode ficar à mercê de interesses eleitoreiros do atual governo, que prioriza a apresentação quantitativa de supostas realizações, de olho na disputa eleitoral de 2022.

 

O velho “novo” ensino médio é um ataque à juventude!

 

Com o mesmo objetivo eleitoreiro, a dupla Doria/Rossieli pretende enfiar goela abaixo de estudantes e professores a velho “novo” ensino médio, que não passa da implementação da reforma do ensino médio imposto por meio de medida provisória pelo governo ilegítimo de Michel Temer em 2016.

O ensino médio que queremos tem que ser parte de um projeto educacional para a juventude. O “novo” ensino médio de Rossieli não somente não responde a essa perspectiva, como, ao contrário, aprofunda a dualidade histórica entre a boa escola de ensino médio privada, voltada para os filhos dos segmentos privilegiados da sociedade, e escola pública sucateada e abandonada, direcionada aos filhos e filhas da classe trabalhadora.

Entre tantos ataques contidos nesse novo modelo de ensino médio que o governo quer impor – e que serão expostos e analisados em material que a APEOESP está produzindo para ampla divulgação – um aspecto é absolutamente inaceitável: a possibilidade de que os estudantes das escolas públicas estaduais possam escolher o que querem estudar (a farsa dos itinerários formativos). Isso é um absurdo!

Todos os estudantes têm igual direito de acesso ao conhecimento e à formação integral. Ao estabelecer que apenas Português e Matemática serão obrigatórias na formação geral básica e que todo o restante é optativo, a SEDUC ataca esse direito e pode estabelecer gritantes diferenças entre estudantes de uma mesma escola e entre escolas dentro da rede estadual de ensino.

Escolas privadas já anunciaram aos pais, mães e estudantes que não seguirão essas novas regras. Com isso, se aprofundará ainda mais a diferença das condições de participação dos estudantes das escolas públicas e privadas no ENEM, nos vestibulares e na vida profissional.

A redução das disciplinas obrigatórias e a farsa dos “itinerários formativos” também causarão a redução das aulas disponíveis aos professores na próxima atribuição, a depender de sua área de atuação.

 

Seminário estadual sobre o ensino médio no dia 23 de julho

 

Para aprofundar o debate e intensificar a luta, a APEOESP também realizará no dia 23/7, às 10 horas, um seminário estadual com professores e pesquisadores com reconhecida competência na área curricular para aprofundar a discussão e contribuírem para desmontar esse ataque do Doria/Rossieli ao ensino médio. Em decorrência, será produzido material sobre o tema a ser distribuído a toda a categoria.

Essa luta também será ampliada com a participação de estudantes, pais, mães e movimentos sociais.

Todas as subsedes da APEOESP realizarão seminários sobre o mesmo tema, para instrumentalizar os professores, os estudantes e esclarecer pais, mães, responsáveis e a sociedade para derrotar esse projeto destruidor da educação pública.

 

Bolsonaro quer transformar escola em quartel

O governo Doria orientou as Diretorias de Ensino a indicarem escolas estaduais para se tornarem escolas cívico-militares, acatando projeto de Jair Bolsonaro.

O projeto de Bolsonaro para a educação pública é o projeto da di-tadura militar. Ele quer transformar escola em quartel, quer formatar a juventude retirando-lhe a capacidade de reflexão, vedando o livre debate de ideias e a pluralidade nessas escolas. Até mesmo nota de comportamento.

Vamos lutar firmemente contra isso. Se a sua escola for pressionada, converse com os pais, mães, com os estudantes, professores e funcionários. Organize um movimento de resistência. Lutem pela convocação do Conselho de Escola e rejeitem essa ideia.

Em caso de pressões indevidas e ilegalidades, procurem o departamento jurídico da APEOESP e/ou o Ministério Público na região.

 

 

Todos às ruas em 24 de julho. Fora Bolsonaro!

 

A CPI da Covid no Senado Federal se tornou uma verdadeira exposição dos crimes de Jair Bolsonaro e seus auxiliares diretos, grande parte deles militares.

O escândalo do superfaturamento das vacinas, com intermediação de empresas multinacionais e seus obscuros representantes no Brasil, torna ainda mais inadiável o impeachment de Bolsonaro e o desmonte de seu governo genocida.

Ao mesmo tempo, a vacinação segue lentamente e os índices de infecção, hospitalização e óbitos seguem em alto patamar.

Da mesma forma, seguem crescendo os índices de desemprego e miséria, por responsabilidade de um governo que literalmente atua contra o povo brasileiro.

Com uma ativa participação da APEOESP e dos professores, milhares de brasileiros foram às ruas nos dias 19 de junho e 3 de julho e voltaremos no dia 24 de julho, na Avenida Paulista e em todo o estado de São Paulo.

Todas as subsedes devem organizar caravanas a São Paulo, ao mesmo tempo em que também devem participar das manifestações locais.

 

 

Fonte: APEOESP (Informa Urgente 093/2021)

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