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PF realiza nova etapa da operação que apura fraudes no INSS; 66 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos

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A Polícia Federal (PF) iniciou na manhã desta quinta-feira (9) mais uma etapa da “Operação Sem Desconto”, que investiga descontos indevidos em aposentadorias e benefícios do INSS. Ao todo, estão sendo cumpridos 66 mandados de busca e apreensão em oito estados e no Distrito Federal, com foco em três empresas suspeitas de lavagem de dinheiro e associações de fachada que cobravam mensalidades sem autorização de aposentados.

Entre os alvos, está o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (SINDNAPI), cujo presidente, Milton Baptista de Souza Filho, também responde a mandados. A entidade afirmou estar surpresa com a ação e reiterou que atuou de forma legal, garantindo os direitos de seus associados.

Na primeira fase da operação, realizada em setembro, foram presos Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, e o empresário Maurício Camisotti, suspeitos de participação em fraudes que causaram um prejuízo estimado de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. Foram apreendidos carros de luxo, armas e obras de arte, além de constatadas movimentações financeiras suspeitas, incluindo transferência de R$ 9,3 milhões a pessoas ligadas a servidores do INSS.

Segundo a PF, o esquema funcionava com cadastros falsos de aposentados, descontos indevidos em folha de pagamento e pagamento de propina a servidores. Muitos idosos nem sabiam que estavam associados a essas entidades, e havia registros de filiações duplicadas ou fraudulentas.

Nesta fase, além de busca e apreensão, estão sendo cumpridos dois mandados de prisão preventiva e 13 mandados de busca, expedidos pelo ministro do STF André Mendonça. Carros de luxo, como Ferrari, Land Rover, Porsche, Mercedes e até um veículo de Fórmula 1, também foram apreendidos.

A investigação da PF e da Controladoria-Geral da União (CGU) aponta crimes como estelionato qualificado, peculato, corrupção ativa, uso de documento falso, lavagem de capitais e organização criminosa. A operação visa aprofundar a apuração e responsabilizar os envolvidos, garantindo a integridade dos benefícios previdenciários.

 

 

Fonte: G1

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