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Governo de SP deve anunciar nesta quarta mais regiões do estado na fase vermelha

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Após São Paulo bater recorde de mortos por Covid-19 e internados com a doença, o governo paulista deve anunciar nesta quarta-feira (3) que mais regiões do estado vão para a fase vermelha, a mais restritiva do Plano SP de flexibilização econômica.

Nesta terça (2), ao ser questionado sobre possibilidade de lockdown, o governador, João Doria (PSDB), afirmou que não descarta nenhuma medida.

Atualmente, seis regiões do estado estão na fase vermelha:

  • Araraquara
  • Bauru
  • Barretos
  • Presidente Prudente
  • Ribeirão Preto
  • Marília

O anúncio das regiões que serão rebaixadas será feito no início da tarde, em coletiva de imprensa do governo.

A reclassificação atende a pedido do Centro de Contingência do Coronavírus e dos prefeitos do estado, que, em reunião nesta terça, pediram ações mais efetivas para conter o avanço da doença.

A fase vermelha é a mais restritiva do Plano SP e permite o funcionamento apenas de setores essenciais da economia, como farmácias, supermercados, postos de combustível e transportes coletivos, como ônibus, trens e metrô.

Na atual configuração da fase vermelha, as escolas podem continuar recebendo alunos com o limite máximo de 35% da capacidade. Nesta terça (2), no entanto, o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, defendeu a suspensão das aulas presenciais no estado.

Segundo Gorinchteyn, manter escolas abertas implica em circulação de pessoas, algo que poderia ser evitado e que contribui para a propagação do vírus.

“Isso [suspensão das aulas presenciais] é um tema que a gente realmente está discutindo. Se nós estamos entendendo que as pessoas estão ameaçadas frente ao vírus, frente a um colapso, nós temos que reavaliar a circulação das pessoas em situações que poderiam ser evitadas. Uma delas é a questão da escola”, afirmou o secretário.

Pior semana da pandemia

Nesta terça (2), o estado de São Paulo registrou o maior número de mortes por Covid-19 em 24h desde o início da pandemia, com 468 novos óbitos, segundo dados da Secretaria Estadual da Saúde. Com os novos registros, o estado chegou a 60.014 mortes provocadas pela doença.

O governador de São Paulo, João Doria, disse que o estado está na pior semana desde o começo da pandemia: “Entramos na pior semana da Covid-19 da história da pandemia desde 26 de fevereiro. Isso não apenas em São Paulo, os demais estados também, eu tenho falado com governadores de outros estados. Há uma preocupação generalizada”, disse o governador.

UTIs lotadas

O estado de São Paulo também chegou ao maior número de pessoas internadas com Covid-19 desde o início da pandemia nesta terça (2).

São 16.359 pacientes com suspeita ou confirmação da doença em todo o estado, sendo 9.332 em leitos de enfermaria e 7.027 em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). A secretaria estadual nunca havia informado valor maior que 16 mil internados.

A taxa de ocupação de UTIs Covid registrada nesta terça é a terceira maior desde o final de maio de 2020, quando o governo estadual passou a divulgar o dado diariamente.

Apesar de o estado ter batido o recorde de pacientes internados, a ocupação não atingiu seu maior número porque a quantidade de leitos disponíveis foi ampliada, reduzindo assim a taxa de ocupação.

Entre hospitais públicos e particulares, 75,3% dos leitos de UTI destinados a pacientes com coronavírus estão ocupados. O valor foi maior apenas nos dias 24 e 28 de maio de 2020, durante a primeira onda da pandemia. Na Grande São Paulo, a taxa de ocupação das UTIs nesta terça é de 76,7%.

São Paulo teve nesta terça-feira outro recorde da pandemia: o maior número de mortes por Covid-19 em 24h desde o início da série histórica, com 468 novos óbitos, segundo dados da Secretaria Estadual da Saúde. Com os novos registros, o estado chegou a 60.014 mortes provocadas pela doença.

As novas confirmações em 24 horas não significam, necessariamente, que as mortes aconteceram de um dia para o outro, mas que foram contabilizadas no sistema neste período. Os números costumam ser menores aos finais de semana e às segundas-feiras por conta do atraso na notificação nessas datas.

G1

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