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SEDUC LANÇA MAIS UMA RESOLUÇÃO AUTORITÁRIA

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Em sua marcha insensata e autoritária, o governo Doria, por meio da Resolução Seduc 59, do secretário da Educação, convoca a retornar às aulas presenciais os professores que tomaram a segunda dose da vacina, ou no caso de dose única, após 14 dias da imunização.

Será autorizada a continuidade em teletrabalho apenas do grupo de risco que não puder ser vacinado por orientação médica ou no caso de suspeita/confirmação de infecção por Covid, atestado por médico ou agência de vigilância sanitária.

A resolução incumbe a Diretoria de Ensino pelo cumprimento dos protocolos de saúde para prevenção da disseminação e análise de casos omissos.

 

As férias docentes foram mantidas

Há meses solicitamos do secretário da Educação que estabeleça um diálogo em torno da volta às aulas presenciais. Como já dissemos, e reafirmamos, não se trata apenas da vacinação. Cientistas alertam para a grande transmissibilidade das novas variantes do novo Coronavírus e há medidas pedagógicas a tomar, que mereceriam um debate com as representações da comunidade escolar.

Grande parte da população ainda não está imunizada. Crianças e jovens ainda estão sujeitos ao contágio. A enorme maioria dos professores, funcionários e estudantes se desloca às unidades em transporte público, assim como pais, mães e responsáveis que levam e buscam suas crianças nas escolas.

O correto é o retorno às escolas apenas depois da imunização com a segunda dose de todos os profissionais da educação, medidas sanitárias rigorosas que precisariam ser melhor discutidas. São necessárias soluções para problemas estruturais que persistem nas escolas ou, no mínimo, soluções transitórias no caso, por exemplo, de mais de mil salas de aula totalmente inadequadas para este momento de pandemia.

A SEDUC nada fala sobre essas questões. Nada diz sobre a redução do número de estudantes nas salas de aula. Como praticar o distanciamento sem medidas como essa? Haverá testagem? Por quanto tempo? Com que periodicidade? Como será feita a recuperação da aprendizagem, concomitantemente com o prosseguimento do ano letivo? Serão contratados mais professores? A recuperação será em horário diverso do que o estudante frequenta? Muitas perguntas sem respostas, enquanto se acumulam os decretos, resoluções e portarias gerados nos gabinetes.

Nossa causa é a educação, e queremos retornar ao local onde ela acontece, que são as escolas. Mas não ao custo da perda de mais vidas.

 

 

Fonte: APEOESP (Informa Urgente 091/2021)

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